O impacto da Inteligência Artificial no mercado dos influenciadores digitais está a gerar preocupações.

O Financial Times alertou para o uso crescente da tecnologia na criação de 'personalidades reais', possivelmente diminuindo as oportunidades de trabalho para os influenciadores humanos.

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O impacto da Inteligência Artificial no mercado dos influenciadores digitais está a gerar preocupações.

A revolução da IA está aos poucos transformando o universo dos criadores de conteúdo, à medida que as empresas desenvolvem influenciadores que se assemelham a pessoas reais, ameaçando um mercado avaliado em cerca de US$ 250 bilhões.

Exemplos como o de Aitana López (@fit_aitana) ilustram essa mudança: uma influenciadora criada por IA, com mais de 243 mil seguidores no Instagram, que recebe até US$ 11 mil por publicação para promover produtos de marcas de renome, como a varejista de lingerie Victoria's Secret e a linha de cuidados capilares Olaplex. 

Outra figura proeminente é Lil Miquela (@lilimiquela), uma das pioneiras neste campo, fechando contratos com marcas de alto padrão, como Prada e Calvin Klein, além de empresas de tecnologia, como Samsung e YouTube, que ultrapassam os seis dígitos em valor. 

Além disso, há casos como o de Noonoouri, com mais de 400 mil seguidores, uma influenciadora com aparência de avatar que colaborou com a linha de cosméticos KKW Beauty, de Kim Kardashian, segundo o FT.

Essa tendência representa um desafio para os profissionais digitais. As marcas estão optando por parcerias com influenciadores virtuais como uma forma de reduzir custos e ampliar a visibilidade, o que pode impactar negativamente os influenciadores humanos, cujas taxas atuais são consideradas elevadas.

'Devido ao aumento das taxas cobradas pelos influenciadores, ficamos surpreendidos', afirmou Diana Núñez, cofundadora da The Clueless, a agência por trás de López, ao FT. Ela destacou que as altas taxas praticadas pelos influenciadores humanos foram o estímulo para a criação de um influenciador baseado em IA pela agência. No entanto, as empresas envolvidas nessa tendência também enfrentam dilemas éticos relacionados à criação dessas personalidades virtuais.

Isso reflete o receio persistente de que a IA substitua postos de trabalho à medida que a tecnologia avança globalmente. Um estudo do Goldman Sachs, publicado no início deste ano, revelou que os modelos generativos poderão impactar mais de 300 milhões de empregos.

Já é uma realidade os trabalhadores utilizarem ferramentas como o ChatGPT da OpenAI para uma variedade de funções: desde escrever códigos até criar anúncios imobiliários e auxiliar no marketing. Até os influenciadores humanos estão recorrendo à tecnologia para agilizar a produção diária de conteúdo. Segundo um relatório de maio da Influencer Marketing Factory, 94,5% dos 660 criadores americanos entrevistados utilizam IA para editar conteúdo e gerar imagens.

fonte:https://epocanegocios.globo.com/inteligencia-artificial/noticia/2023/12/como-a-inteligencia-artificial-chega-e-poe-em-risco-o-mercado-dos-influencers-digitais.ghtml

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