A IA ESTÁ A RETIRAR ÁGUA DO DESERTO
Num abrasador dia de setembro passado, tomei a arriscada decisão de tentar contornar alguns centros de dados. Os que escolhi situam-se entre um aeroporto regional e alguns campos agrícolas em Goodyear, Arizona, a meia hora de carro a oeste do centro de Phoenix. Quando o meu Uber parou ao lado dos edifícios não identificados, a temperatura era de 36 graus Celsius.
O ar crepitava com uma energia latente, e algum tipo de som pulsante emanava dos fios elétricos acima da minha cabeça, ou talvez dos próprios edifícios. Sem abrigo contra a luz solar ofuscante, comecei a perder a noção do que era real.
A Microsoft anunciou os seus planos para esta localização e mais duas não muito longe, em 2019 — uma semana após a empresa revelar o seu investimento inicial de $1 bilião na OpenAI, a start-up em destaque que mais tarde lançaria o ChatGPT.
A partir desse momento, a OpenAI começou a treinar os seus modelos exclusivamente nos servidores da Microsoft; qualquer consulta para um produto da OpenAI fluiria através da rede de computação em nuvem da Microsoft, o Azure. Em parte, para atender a essa demanda, a Microsoft tem adicionado centros de dados a uma taxa estupenda, gastando mais de $10 biliões na maior expansão de infraestrutura que a humanidade já viu.
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